domingo, 29 de março de 2009

O Papel do Repórter Fotográfico na Sociedade

Informação é tudo aquilo que tem o poder de fazer conhecer, instruir e participar. Eis o principal instrumento dos jornalistas. E dos fotógrafos. A língua transmite a notícia, enquanto a imagem é uma prova dela. E ambas são delimitadas pelo olhar daquele que informa, pois, as palavras são limitadoras e a fotografia também: são recortes.

Não só os amantes das letras têm o dom de fazer poesia. A poesia encontra-se no universo... E cabe aos dispostos traduzi-la. A partir daí é possível encontrar um novo sentido para a imagem: sensação. Os poetas da língua escrita fazem-nos delirar. Os poetas da visão nos oferecem uma viagem. Uma fotografia, como janela para o mundo, proporciona conhecimento, aventuras, desejos e cumplicidade. Ela evoca reação daquele que a contempla. Ela chama o indivíduo a tornar-se parte dela.

O repórter fotográfico tem como dever capturar a informação contida na ocasião do fato. O bom repórter fotográfico, religiosamente, faz a captura do ambiente. Ele vai mostrar além daquilo que é visto: mostrar o novo e o diferente. Esse poeta vive a descoberta e proporciona esse vislumbramento a outros, como o poeta da língua. A diferença é que o primeiro, para captar uma íntima realidade, precisa estar dentro da realidade e não se fazer perceber, para não interferir nela.

Ele saberá que seu produto foi bom, quando seu receptor viver uma comunhão entre o recorte e a realidade. E isso só é possível quando o recorte for capaz de provocar nos outros aquilo que “imunemente” o fotógrafo eternizou. Imunemenete porque em certos casos ele precisa estar despercebido até dos próprios sentimentos para poder servir de meio; em outros, percebido demais.

A cumplicidade nasce nesse momento: no relacionamento do fotógrafo com o mundo. Desse ponto, ela segue até o leitor. Em todo caso, será a máquina que, apesar de qualquer sentimento, encorajará o repórter a transmiti-lo ao mundo. Seja por querer compartilhar esplendor, seja por querer informar, seja por querer reivindicar solidariedade.

Essa profissão é bendita em uma peculiaridade: ela traduz a realidade. Enfim, a mensagem não tem fim. Ela estará infinitamente percorrendo os olhares... Em uma só palavra ou uma mesma imagem.

sábado, 28 de março de 2009

Cultura do bem se constrói em casa

(Pensando ainda sobre cultura do bem)

Atos que violam o direito do outro e que desviam da prática de deveres do cidadão comum sempre estiveram presentes na humanidade, embora a cada geração, causem mais preocupações à sociedade. “Costume de casa vai à praça”, ditado a parte, talvez os costumes caseiros não se espelhem na conduta do indivíduo em meio social (pois há o disfarce); mas sem dúvidas, os valores do ser humano estão estampados em cada ação realizada; em qualquer dos meios. Será essa a questão a se desvendar para ser construída uma sociedade de paz?

A educação sempre foi vista como a principal ferramenta de inclusão social e de formação (seja geral, profissional e formação de conduta). Os filhos são enviados pelos pais a escola desde cedo, com o objetivo de fazê-los “ser alguém na vida”. Geralmente, a família visa a possível ascenção social que o estudo pode oferecer. Entretanto, em muitos dos casos, a família esquece que faz parte da engrenagem, no processo de formação. Na formação de um indivíduo completo, capaz de distinguir o certo e o errado, e de traçar os melhores caminhos.

A partir de então, a responsabilidade fica apenas com a escola. Isso é um mal que assola qualquer classe social. É nesse contexto que ricos e pobres se encontram e dão as mãos. E como “a união faz a força”, qualquer tipo de ação realizada em conjunto, como por sociedades organizadas, ganha força e alcança vitória. Assim é com a violência e com o tráfico. Exemplos de grande porte, grandes favelas, como a da Rocinha, no Rio de Janeiro, são a prova real de que uma sociedade organizada mantém a estabilidade, seja qual for o objetivo (bom ou mal). E se o exemplo não vem de dentro de casa, vem de fora. A escola sem um elo familiar, torna-se fraca.

Reinventando o ditado, por que não “a cultura de casa ir à praça”? A cultura está bem além de assentos escolares. Está na linguagem, nos valores. Se a família souber aliar os fatores, os descendentes estarão mais preparados para lidar com a vida, com sucesso nas experiências de mundo. Junto às orientações escolares, é possível garantir a boa formação de um ser humano. Talvez não tão simples quanto palavras, mas eficaz como atitudes.