sábado, 28 de março de 2009

Cultura do bem se constrói em casa

(Pensando ainda sobre cultura do bem)

Atos que violam o direito do outro e que desviam da prática de deveres do cidadão comum sempre estiveram presentes na humanidade, embora a cada geração, causem mais preocupações à sociedade. “Costume de casa vai à praça”, ditado a parte, talvez os costumes caseiros não se espelhem na conduta do indivíduo em meio social (pois há o disfarce); mas sem dúvidas, os valores do ser humano estão estampados em cada ação realizada; em qualquer dos meios. Será essa a questão a se desvendar para ser construída uma sociedade de paz?

A educação sempre foi vista como a principal ferramenta de inclusão social e de formação (seja geral, profissional e formação de conduta). Os filhos são enviados pelos pais a escola desde cedo, com o objetivo de fazê-los “ser alguém na vida”. Geralmente, a família visa a possível ascenção social que o estudo pode oferecer. Entretanto, em muitos dos casos, a família esquece que faz parte da engrenagem, no processo de formação. Na formação de um indivíduo completo, capaz de distinguir o certo e o errado, e de traçar os melhores caminhos.

A partir de então, a responsabilidade fica apenas com a escola. Isso é um mal que assola qualquer classe social. É nesse contexto que ricos e pobres se encontram e dão as mãos. E como “a união faz a força”, qualquer tipo de ação realizada em conjunto, como por sociedades organizadas, ganha força e alcança vitória. Assim é com a violência e com o tráfico. Exemplos de grande porte, grandes favelas, como a da Rocinha, no Rio de Janeiro, são a prova real de que uma sociedade organizada mantém a estabilidade, seja qual for o objetivo (bom ou mal). E se o exemplo não vem de dentro de casa, vem de fora. A escola sem um elo familiar, torna-se fraca.

Reinventando o ditado, por que não “a cultura de casa ir à praça”? A cultura está bem além de assentos escolares. Está na linguagem, nos valores. Se a família souber aliar os fatores, os descendentes estarão mais preparados para lidar com a vida, com sucesso nas experiências de mundo. Junto às orientações escolares, é possível garantir a boa formação de um ser humano. Talvez não tão simples quanto palavras, mas eficaz como atitudes.

3 comentários:

  1. Cultura do bem: sendo a cultura qualquer forma de transformação da natureza feita pelo homem, reconheço a propriedade de suas colocações, destacando a necessidade de uma cultura do bem.
    Mas, maniqueísmos à parte, o humano e o cultural são bem e mal, bons e ruins ao mesmo tempo. Costumes bons e costumes maus vão à praça.
    Mas o que de fato vai à praça é a manifestação do aprendizado na família, que, ao chegar na escola é potencializado para um ou para ou outro lado.
    A cultura de paz ao meu ver é associada ao ser humano como ser integral (bom e mau ao mesmo tempo).
    Podemos e devemos viver e conviver com os conflitos e ainda assim termos a paz, basta que administremos nossas disputas, sem nos desumanizarmos, continuando como somos, bons e maus.
    A família leva os costumes à praça, à escola, ao trabalho, ao lazer e a todas as formas de expressão.
    Mas essa mesma família é influenciada pela praça, pela escola, pelo trabalho, pelos governos, pelo estado e devolve os costumes.
    Faz parte do meu pessimismo acreditar que as palavras de fato não sejam tão simples, mas é forçoso admitir que a história da humanidade é uma história de sucesso, haja vista a evolução cultural desse mais de 10.000 anos de história do ocidente e essa história é feita de atitudes, antecedidas de palavras, de idéias e de pensamentos.
    Tudo isso é transformação da natureza, tudo isso é cultura.

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  2. Prof. PAULO CARTHAGENES24 de outubro de 2009 às 16:40

    Concordo mais uma vez com você! Tenho 27 anos, sou professor de História do Estado desde 2006 e na escola além de ser um profissional da educação, sinto a necessidade de atuar como um psicólogo e "paizão" pois trabalho com crianças e adolescentes com famílias desestruturadas em todos os aspectos (educação, presença e ausência de pais, condições sociais, falta de orientação e ...)Por solidariedade me sinto bem em poder atuar assim na escola onde trabalho, mas reconheço que é preciso a participação da famíla no processo, isso é imprescindível. Acredito na capacidade da educação(escolas e universidades) em contribuir para transformar o mundo, mas ela sozinha não o fará, é preciso educação moral e espiritual vinda das famílias. Nossa sociedade preocupa-se em preparar as pessoas desde criança para um mundo competitivo e para ser um vencedor (leia-se homens de bens, bens materiais e esquecem-se de formar pessoas de Bem, a virtude do Bem e da ética). É preciso que os pais preocupem-se em educar moralmente e espiritualmente os filhos corrigindo más tendências como o egoísmo, o orgulho, o materialismo e ensinar a ser solidário, ético, companheiro e altruísta.

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  3. Prof. PAULO CARTHAGENES24 de outubro de 2009 às 16:44

    Parabéns Aline!
    Professor PAULO CARTHAGENES:

    paulocarthagenes@yahoo.com.br

    paulocarthagenes@hotmail.com

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