domingo, 6 de março de 2011

O Novo das Cinzas


Você sabe que tem uma tarefa a ser cumprida. Sem obrigação ou determinação. É somente dever fruto do desejo, missão por escolha - por isso mesmo muito importante. Ação congelada no tempo. Há horas, dias, anos. A coisa boa disso tudo é que o congelamento tem uma qualidade chamada preservação. Apesar do ambiente frio, nada morreu. Enfim, a vontade é alimentada pela ação.

O que estava por vir ressurgiu. Renasceu. Logo na época em que o Brasil freva, samba, enfim, se solta, se mostra. O brasileiro sente-se à vontade o suficiente para ser o que quiser, fazer o que bem entender, inclusive "nada". São vontades, culturas, vida - tudo exacerbado a jorrar pelo escape. É Carnaval. Como a origem grega do termo diz, "carnis valles", prazeres da carne. 

É o período que antecipa a privação (dos prazeres) vivida na quaresma. Aqui, porém, o tempo não é de prisão, muito menos de soltura. Mas de liberdade. As cinzas vindouras não proclamam escassez ou uma vida moribunda. Não há sacrifícios de purificação. Mas exercício de boa-venturança. Aqui, o que ganha força são os prazeres da vida real, tangível, tocável, resultando na máxima 'Aquilo que é deve ser-se em qualquer tempo'.

É exatamente agora que este Blog retoma e volta à tona. A iniciativa veio após assistir ao filme "Sambando nas brasas, morô?" (veja o trailer), que conta a saga de um músico no Rio de Janeiro efervescente dos anos 50 e 60, inserido na saga de um país de Getúlio Vargas, de Carlos Lacerda, da Bossa Nova, de Copacabana, da Rádio Nacional, de Brasília, de Juscelino Kubitschek. Belas imagens e história.

Como pernambucana arretada que sou, eu imagino o saudosismo e orgulho que sente um carioca com tamanha lembrança. Além da música, da história e das imagens, tudo riquíssimo, o filme também faz pensar no desenvolvimento que apesar de tão bem-vindo, também tem o poder de agir como mal arrebatador. A sociedade aprecia tanto o novo, o de fora e o grande, independente da época, que dá medo de perder o presente.

Fato é que o Brasil continua a efervescer. Uma outra época, novos rumos. Nova música, novas artes, novas cidades grandes. Novos tempos. Algumas ações, porém, continuam as mesmas. Que o ser humano possa, a cada carnaval, a cada festança, a cada empolgação, agir com cuidado, regado à emoção com razão. E que o país sobreviva, em seus aspectos multicultural, natural e humanístico!

Evoé! Amém! Simbora!

domingo, 29 de março de 2009

O Papel do Repórter Fotográfico na Sociedade

Informação é tudo aquilo que tem o poder de fazer conhecer, instruir e participar. Eis o principal instrumento dos jornalistas. E dos fotógrafos. A língua transmite a notícia, enquanto a imagem é uma prova dela. E ambas são delimitadas pelo olhar daquele que informa, pois, as palavras são limitadoras e a fotografia também: são recortes.

Não só os amantes das letras têm o dom de fazer poesia. A poesia encontra-se no universo... E cabe aos dispostos traduzi-la. A partir daí é possível encontrar um novo sentido para a imagem: sensação. Os poetas da língua escrita fazem-nos delirar. Os poetas da visão nos oferecem uma viagem. Uma fotografia, como janela para o mundo, proporciona conhecimento, aventuras, desejos e cumplicidade. Ela evoca reação daquele que a contempla. Ela chama o indivíduo a tornar-se parte dela.

O repórter fotográfico tem como dever capturar a informação contida na ocasião do fato. O bom repórter fotográfico, religiosamente, faz a captura do ambiente. Ele vai mostrar além daquilo que é visto: mostrar o novo e o diferente. Esse poeta vive a descoberta e proporciona esse vislumbramento a outros, como o poeta da língua. A diferença é que o primeiro, para captar uma íntima realidade, precisa estar dentro da realidade e não se fazer perceber, para não interferir nela.

Ele saberá que seu produto foi bom, quando seu receptor viver uma comunhão entre o recorte e a realidade. E isso só é possível quando o recorte for capaz de provocar nos outros aquilo que “imunemente” o fotógrafo eternizou. Imunemenete porque em certos casos ele precisa estar despercebido até dos próprios sentimentos para poder servir de meio; em outros, percebido demais.

A cumplicidade nasce nesse momento: no relacionamento do fotógrafo com o mundo. Desse ponto, ela segue até o leitor. Em todo caso, será a máquina que, apesar de qualquer sentimento, encorajará o repórter a transmiti-lo ao mundo. Seja por querer compartilhar esplendor, seja por querer informar, seja por querer reivindicar solidariedade.

Essa profissão é bendita em uma peculiaridade: ela traduz a realidade. Enfim, a mensagem não tem fim. Ela estará infinitamente percorrendo os olhares... Em uma só palavra ou uma mesma imagem.

sábado, 28 de março de 2009

Cultura do bem se constrói em casa

(Pensando ainda sobre cultura do bem)

Atos que violam o direito do outro e que desviam da prática de deveres do cidadão comum sempre estiveram presentes na humanidade, embora a cada geração, causem mais preocupações à sociedade. “Costume de casa vai à praça”, ditado a parte, talvez os costumes caseiros não se espelhem na conduta do indivíduo em meio social (pois há o disfarce); mas sem dúvidas, os valores do ser humano estão estampados em cada ação realizada; em qualquer dos meios. Será essa a questão a se desvendar para ser construída uma sociedade de paz?

A educação sempre foi vista como a principal ferramenta de inclusão social e de formação (seja geral, profissional e formação de conduta). Os filhos são enviados pelos pais a escola desde cedo, com o objetivo de fazê-los “ser alguém na vida”. Geralmente, a família visa a possível ascenção social que o estudo pode oferecer. Entretanto, em muitos dos casos, a família esquece que faz parte da engrenagem, no processo de formação. Na formação de um indivíduo completo, capaz de distinguir o certo e o errado, e de traçar os melhores caminhos.

A partir de então, a responsabilidade fica apenas com a escola. Isso é um mal que assola qualquer classe social. É nesse contexto que ricos e pobres se encontram e dão as mãos. E como “a união faz a força”, qualquer tipo de ação realizada em conjunto, como por sociedades organizadas, ganha força e alcança vitória. Assim é com a violência e com o tráfico. Exemplos de grande porte, grandes favelas, como a da Rocinha, no Rio de Janeiro, são a prova real de que uma sociedade organizada mantém a estabilidade, seja qual for o objetivo (bom ou mal). E se o exemplo não vem de dentro de casa, vem de fora. A escola sem um elo familiar, torna-se fraca.

Reinventando o ditado, por que não “a cultura de casa ir à praça”? A cultura está bem além de assentos escolares. Está na linguagem, nos valores. Se a família souber aliar os fatores, os descendentes estarão mais preparados para lidar com a vida, com sucesso nas experiências de mundo. Junto às orientações escolares, é possível garantir a boa formação de um ser humano. Talvez não tão simples quanto palavras, mas eficaz como atitudes.

domingo, 23 de março de 2008

Dar presentes a sociedade


“Costume de casa vai à praça”. Aqui está um velho ditado que sugere modos de comportamento do ser humano e, por que não, reflete também a educação? A violência não escapa a essa quase regra. Nascerá em casa, também?

Modos de vida de uma pessoa influenciam a ação de quem vive próximo. Hábitos simples como o falar, ou apenas o dirigir-se a alguém, define muita coisa sobre quem pratica o ato. Na convivência familiar, é possível traçar pontos característicos no que diz respeito ao relacionamento entre os membros e a formação de novos indivíduos. A educação que é transmitida indiretamente é um deles. A formação do caráter e do indivíduo ético. A educação primária de uma criança surge nessa relação, nesse tipo de socialização: em família. Uma faca de dois gumes. A família não determina que tipo de ser vai ser solto a sociedade dali a alguns anos. Não sejamos hipócritas. Mas ela é determinantemente importante para a formação dele.

Agressões físicas e verbais geram energias semelhantes. Se alguma criança sofre uma agressão qualquer, ela reage. Se ela é impedida de reagir, ela reage de outra forma. A violência é um tipo de escapamento. Escapamento de qualquer realidade ruim. Ingenuamente ou não, escapar da pobreza, dos problemas, escapar da própria violência. E se a família, que teria o papel de orientar, promove essa circunstância, ela terá de desprender mais esforço para recuperar reações sadias dos filhos. É preciso incentivar o diálogo, proporcionar a eles a oportunidade de negociar e direcionar juntamente a situação resolvendo os conflitos da melhor forma possível.

Mas como explicar os casos em que o “costume da rua vem a casa”? É preciso perceber qual a referência o filho está tomando para si. Mais uma vez, entra o trabalho de uma boa orientação. E claro, é trabalho árduo. E trabalho a ser feito em todas as famílias. Todas as classes sociais. Há crianças jogadas ao mundo muito cedo. Não em relação ao abandono tutelar, mas ao abandono familiar, do apoio familiar.

O provérbio poderia ser mudado e daí então ser enunciado da seguinte forma: “Cultura de casa vai à praça”. Essa versão propõe um ideal menos estereotipado sobre costumes. A diferença está na imagem que o termo “cultura” promove; imagem de tradição e desenvolvimento. A educação precisa ser cultivada para haver uma criação produtiva. Cultura é a produção de bons frutos.

sexta-feira, 21 de setembro de 2007

Uma Questão Afim (O que posso fazer para salvar o planeta?)


Eis uma questão de propriedade desconhecida e pertencente a toda sociedade: como garantir o futuro do planeta. O cidadão comum julga-se não-responsável e "incapaz" de resolver individualmente tamanho problema. As grandes autoridades repassam essa tarefa a grande população. Afinal, a quem pertence a responsabilidade de salvar o mundo? Parece óbvia e cômica a resposta. Ou até redundante. Parece, e na verdade é. O ser humano, como um todo, interferiu no curso da natureza. E será ele, individualmente, o único a poder salvar, diminuindo o impacto de suas ações com novas ações.

É importante ressaltar as variadas possibilidades de ações que podem ser realizadas. Podendo e devendo ser adotadas por pessoas comuns. Muito além de tratados internacionais, acordos de cooperação e atuação de ONGs, a mudança e a transformação da realidade começam em casa. E na escola. As metodologias de ensino precisam ser direcionadas a educação ambiental. E a prática mais simples e valiosa é trabalhada com mudanças de comportamento doméstico. Uma encomenda do domicílio para o planeta.

Das práticas mais acessíveis as que exigem maior uso de recursos financeiros e trabalho humano está a reciclagem, o reaproveitamento de alimentos e a própria auto-conscientização. Tem ainda o tratamento do lixo, o reflorestamento, os combustíveis alternativos e o desenvolvimento sustentável. Ou seja, todas as camadas da sociedade precisam estar e agir interligadas e comungar em prol da responsabilidade social.

A força que rege o planeta tem como fontes os quatro elementos da natureza: fogo, água, terra e ar, esgotáveis. É necessário provocar uma nascente de ideais ecológicos, não só como meio de sobrevivência, mas como fonte de qualidade de vida e harmonia entre espécies: com um fim afim (comunal) de equilíbrio. A Mãe-natureza deu à luz o planeta Terra, nosso planeta Azul. Agora cabe a nós, emergentemente, a fiel responsabilidade de transformá-lo em um planeta Verde. Uma Terra plantada por ações conscientes de cada ser humano.

Tenho em mãos uma pena e a coragem: vou escrever a História.

quinta-feira, 14 de dezembro de 2006

Oralidade nas Campanhas Político-Publicitárias

A oralidade, além de característica inerente ao homem, é também a materialização mais instintiva da essência comunicativa. Mas a linguagem em si, base da comunicação, vai muito além da oralidade: ela abrange todas as capacidades e meios de comunicação, utilizando-os e mesclando-os, tais como: expressões faciais e corporais, expressões artísticas, atitudes, comportamentos, escrita, e entre outros, a própria fala. Esses exemplos são facilmente encontrados nas situações cotidianas, despercebidamente.

Entre casos interessantes a serem abordados, destaco aqui, a oralidade presente nas campanhas publicitárias e o modo com que as diferentes linguagens se entrelaçam, formando um gênero misto, tanto em concepção discursiva, como em meios de produção. Aproveitando o momento eleitoral, analisemos as propagandas políticas atuais e observemos as características de persuasão nas linguagens, comuns a publicidade, porém bem incisivos nas campanhas eleitorais, pois não se trata de apenas vender um produto, mas de se fazer adotar uma idéia.

Produção prévia. Não há dúvidas de que o discurso direto proclamado nas campanhas é previamente preparado. Partindo desse pressuposto, encontramos cruzamento entre a oralidade e a concepção escrita. Desde propostas anunciadas pelos candidatos, aos links humanos ou âncoras que servem também de narradores (possuem uma função coesiva de estabelecer ligações entre imagens, propostas e etc.), até os jingles, que possuem mais características orais: todos os exemplos citados são gêneros mistos. Dentro dos jingles, a linguagem deixa de ser um tanto elaborada, visto que eles servem de ícones sonoros, indicando a mensagem principal, elaborados para fazer o marketing do candidato - É Eduardo, É Esperança, É Eduardo, É o Futuro, É Eduardo, Governador, É Eduardo, É Pernambuco. Presente neste jingle, está um dos recursos lingüísticos, a repetição proposital de um termo, uma redundância intencional, comum em jingles ou qualquer que seja a produção de caráter influenciador.

Linguagem ou construções mais simples também são encontradas em depoimentos e testemunhos colhidos do povo, geralmente pertencente à classe baixa e escolhido a dedo pelos interesses marketeiros de atingir tal público. São explorados nesse campo, todos os sotaques ou imagens que representem de modo geral a diversidade existente (estereótipos culturais brasileiros), situação vista na apresentação das propostas feitas por âncoras na campanha de Lula: negros, brancos, indígenas e orientais. Essa já seria uma persuasão ideológica.

Já no campo de lugar-comum Lula também possui chavões... Que sempre são remetidos a ele e são usados de modo a mitificá-lo: “Minhas amigas e meus amigos”. As ênfases em determinada palavra também fazem parte desses lugares-comuns, e não fogem da boca de nenhum candidato. Existem paralelamente aos discursos, as tentativas de diálogo, indagações que candidatos fazem para provocar o adversário e seus eleitores, presente em todas as campanhas: Lula, Alckmin, Eduardo e Mendonça.

A estimulação visual também é muito utilizada. Tanto nas referências a lugares, pessoas e projetos, como também na apresentação de documentos, slides, gráficos e slogans, o apelo visual comunica tanto quanto as palavras proferidas. Um outro meio interessante é o gestual, seria essa uma concepção visual? Bom, pode haver preparos escritos ou orais, mas a expressão também comunica por si só. A linguagem de sinais, as libras, destinada aos surdos-mudos, não possui nenhuma oralidade ou escrita, apesar de ser referida a fala do momento. E quando substituem a “tradutora especial”, surgem as legendas, re-textualizadas, que por vezes, também podem excluir os analfabetos, principalmente por possuírem letras pequenas e muitas vezes, quase invisíveis. A intenção, a principio, é incluir todos no processo de propaganda eleitoral. Os gestos dos candidatos também entram na linguagem corporal, que podem ser previamente pensados para produzir algum efeito no telespectador.

Depois de uma carga de informações dessa estirpe, o eleitor precisa decidir. Tudo é voltado para ele, inclusive, o meio e o conteúdo produzido na campanha varia de acordo com os interesses momentâneos do candidato em cima do eleitorado. A oralidade é fundamental e deve respeitar sua concepção. Embora mista, nesse caso, ela precisa conservar a emoção e a espontaneidade para causar um efeito real, indo além de uma campanha seca e cansativa.

domingo, 10 de dezembro de 2006

A Revolução Doce


Problema secular brasileiro, problema milenar mundial. O parâmetro que aproxima todas as variações temporais e espaciais é o mesmo: importância universal. Sua temática é causa de maioria das discussões inspiradas em pareceres sociológicos que abrangem pequenas ou amplas localidades. Mais especificamente, a educação é um anseio geral, é problema e salvação de qualquer nação.

Internamente, por sua grande extensão territorial e pelo seu passado histórico, o Brasil possui inúmeras divergências, sejam climáticas, políticas ou econômicas. Mas de fato, é na educação que o país possui características comuns em todas as regiões. Totalmente elitista, sua atuação popular é precária e má distribuída. As escolas e universidades são restritas aos melhores (através de processos seletivos) e aos maiores (com posses ou melhores condições financeiras), fazendo com que não haja circulação do poder político, econômico e social.
De acordo com Gramsci, a educação, sob responsabilidade dos intelectuais orgânicos, é a grande geradora na formação de ativistas, ou seja, de atores nas possíveis revoluções sociais. Pois, como visto, grandes guerras não se atém somente a força física, mas a ela agregada de estratégia e capacidade de produção intelectual. Um exemplo histórico, não tão distante, está no iluminismo. Elucidação de idéias, legitimação de novos ideais e uma melhor geometria da pirâmide social, eram seus principais objetivos. Eis um fruto da educação.
Na maioria dos países ocidentais, atualmente, a sociedade é estratificada em classes sociais e permite mobilidade tanto vertical, como horizontal, teoricamente. Para o indivíduo alcançar uma “liberdade” na escolha de um status social é preciso estar sob um governo democrático, porém, na prática, a educação como base de qualquer mudança social está longe do alcance de todos.
A esperança é que o futuro não seja escrito (pelos historiadores) com um triste apelo emotivo herdado de uma história mundial estagnada. Mas que essa mesma história seja marcada pela conquista de uma despolarização social dado o fim das crises, sejam étnicas, econômicas ou religiosas. Utopia? A globalização já começou a agir na aproximação de países. A partir de então é necessário que seja unificada a educação dentro das próprias nações com a democratização da informação. Afinal, o momento tecnológico é facilitador, as forças políticas se dizem favoráveis. Que se faça, então, a revolução doce (conceito de Cristóvam Buarque).

sexta-feira, 6 de outubro de 2006

Será um sonho a democracia?


O sentimento de democracia surge a partir do momento que o povo sente necessidade de poder participar do poder, fazendo as escolhas sociais correspondentes ao seu desejo/necessidade. A sociedade com os ideais democratas objetivam o debate e o atendimento as causas populares, deixando de ser apenas um governo autoritário com interesses próprios. A origem do termo se deu na Grécia.

É inevitável, porém, na democracia, a presença do conflito. Mais que isso, ela é indispensável. É através do encontro de idéias adversas e de pensamentos heterogêneos que é possível a realização de uma democracia de todos. É preciso fazer do conflito uma assimilação que atenda o interesse geral e comum, de modo a unificar a política de forma justa, superando as dificuldades e diferenças. Daí a importância do debate. Isso só é possível através da rotatividade, isto é, do acesso geral ao poder, sem privilégios de classes ou grupos. Sendo então, todos representados legitimamente na esfera social, abrangendo todas as camadas. Outro ponto importante é a livre circulação de informação, acesso a cultura e produção de ambos. Essa característica é chamada de abertura.

Vemos que tudo são ideais e nem sempre existem concomitantemente em alguma forma de governo democrático atual. Porém, ainda é o que os atores sociais e políicos almejam na maioria das sociedades.

A situação política atual, com as eleições, passa por momentos de crise e reflexão. Como escolher dentre os candidatos, o que irá satisfazer as principais carências sociais, atingindo todos os setores e garantindo um futuro promissor? Existem muitas políticas a curto prazo defendidas por todos os candidatos, mas a solução está no investimento enraizado. É preciso combater o pensamento aristocrático e uma ideologia de classes permanentemente dominantes. A sociedade estratificada em classes sociais, apesar de manter as diferenças, teoricamente é uma sociedade que permite a mobilidade entre as mesmas. Portanto, aproveitando os valores teóricos já existentes, é preciso legitimá-los. E um dos meios mais eficazes é a educação como revolução (a chamada Revolução Doce, por Cristovam Buarque).

Então, através de análise das propostas, sinta-se convidado a pensar sobre o estilo de sociedade que você quer ver amanhã, viver sua juventude, sua formação acadêmica, oportunidade profissional... E quem sabe, se você tiver passado por tudo isso, uma aposentadoria decente, olhando o modo como seus descendentes estarão sendo moldados pela sociedade. Não vote em causas puramente imediatistas, pois sem a conscientização e a educação, ninguém saberá manter as conquistas.
Invista com seu voto, vote certo!!!

segunda-feira, 14 de agosto de 2006

Infinidades desse mundo


Com uma sensibilidade aguçada, feridas e cicatrizes surgem com facilidade nas pessoas... As decepções com o mundo sempre terminam por fragilizar suas individualidades de forma singular entre elas. Isso gera preocupação. Pois frequentemente os ataques a essas individualidades são feitos por seres da própria raça, ou seja, por aqueles que detêm das mesmas condições biológicas, divinas, psicológicas, etc etc etc. Isso causa pane mental. As pessoas se atacam e ninguém foge à regra. Instinto de sobrevivência intra-racial. Como reagir aos ataques? Como não gerir sentimentos diante da vida?

Particularmente, sem possibilidades. A vida precisa de Graça e de objetivos, sempre subjetivados. E como (sub) objetivar diante de uma racionalidade tão seca? Por isso os humanos andam doentes - doenças psicossomáticas que surgem nessas guerras entre mundos - e a humanidade, doentia, permitindo que essa peste se alastre. E será que essa peste é necessária? Como mera humana simples e pecadora, não me ponho a responder. Não agora.

quinta-feira, 4 de maio de 2006


Como bons viventes, temos aqui no Universo um espaço para as infinitas criações... O mesmo espaço no qual fomos semeados, no qual fomos criados... e arteamos com o mesmo e único fim de sermos notados, ou de sermos felizes, nós ... meros aprendizes...

Parece-nos clichê falar sobre sonhos, alusões a eternidade ou reflexões sobre como tudo pode ser perfeito. São temas que aparentemente não nos fornece informações adcionais àquelas que já possuímos ou que soam repetidas idéias... Mas nem sempre é assim que funciona o sistema. O que pode parecer ser um ruído comunicativo (repetição de idéias), pode ser uma redundância favorável... A verdade é que o ciclo de informações se completa e se reforça pela necessidade de aprendizagem...

A arte da criação é construir com o que se tem em mãos.

A verdade é que existe o costume da hipocrisia comunal entre as pessoas, a qual impossibilita a criação... de uma reconstrução. A velha "Faça o que eu digo mas não faça o que eu faço" é a grande inimiga clichê das mudanças significativas.

Um UNIVERSO em mãos... Então mãos a Obra! Arte!